2 policiais são presos por corrupção no presídio de Pontes e Lacerda

A ação investiga um esquema de corrupção dentro da unidade prisional, incluindo facilitação de entrada de drogas, celulares e até a venda da senha de internet para os detentos

Dois policiais penais lotados no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pontes e Lacerda, a 445 km de Cuiabá, foram presos preventivamente nesta sexta-feira (14) durante a Operação Assepsia, deflagrada pela Polícia Civil. A ação investiga um esquema de corrupção dentro da unidade prisional, incluindo facilitação de entrada de drogas, celulares e até a venda da senha de internet para os detentos.

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2 policiais são presos por corrupção no presídio de Pontes e Lacerda (PJC)

A operação, conduzida pela Delegacia de Pontes e Lacerda com apoio da Delegacia de Vila Bela da Santíssima Trindade, cumpriu oito mandados judiciais contra três policiais penais. Durante o cumprimento dos mandados, os agentes encontraram um roteador de internet dentro do armário de uma policial penal, além de celulares, chips, armas, munições e dinheiro nas casas dos investigados.

Esquema dentro do presídio

As investigações começaram em 2024, após a tentativa frustrada de entrada de um colchão recheado com entorpecentes na unidade penal. A Polícia Civil apura a participação dos policiais penais em um esquema com internos para a entrada ilegal de celulares e drogas dentro do presídio.

Entre as denúncias, há indícios de que os policiais vendiam a senha da internet da unidade prisional por R$ 5 mil, permitindo que os presos acessassem a rede via celular.

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Coação e ameaças

Além do envolvimento na entrada de itens ilegais, um dos policiais também está sendo investigado por coação no curso do processo, sob suspeita de tentar subornar um reeducando para que alterasse seu depoimento na delegacia. Após a recusa, o policial teria passado a ameaçá-lo de morte dentro da unidade prisional.

Outro agente também está sendo investigado por concussão, acusado de obrigar um detento a assinar procurações e documentos que lhe beneficiariam na exploração de minério.

A Polícia Civil segue com as investigações para aprofundar o esquema e identificar outros possíveis envolvidos.

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