Armas usadas no ataque a Confresa são comuns em guerras
Armas, munições, granadas, coletes e outros equipamentos apreendidos foram abandonados pelo grupo, às margens do rio Javaés, em Tocantins.
O material apreendido na Operação Canguçu deflagrada nessa segunda-feira (17), em Tocantis, é comum em guerras e de uso restrito das Forças Armadas, segundo o delegado Evaldo Gomes, chefe da Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Palmas. As munições estavam sendo usados por criminosos que atacaram o município de Confresa, a 1.160 km de Cuiabá.
Após causar destruição na cidade, os suspeitos fugiram para o estado vizinho e estão escondidos em um trecho da Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo.
Até esta terça-feira (18), dois suspeitos tinham sido mortos e um, preso, após troca de tiros com policiais.
Apreensão das armas
As armas, munições, granadas, coletes e outros equipamentos apreendidos foram abandonados pelo grupo, às margens do rio Javaés, perto do Centro de Pesquisa Canguçu, da UFT (Universidade Federal do Tocantins). A suspeita é que eles deixaram o material para trás após um confronto com a polícia.
O delegado informou que ainda não se sabe a quantidade exata dos materiais apreendidos, mas o tipo de armamento chamou a atenção da polícia.
“Tem itens como fuzis para munição antiaérea, tem munição para outros tipos de fuzis, munição utilizada em guerra, material balístico, como coletes à prova de balas, roupas, capacetes, muita coisa”, explicou o delegado.

As munições encontradas foram as de calibre 556, 762 e .50.
“Essas munições 556 e 762 são próprias para utilizar em armamento exclusivo das Forças Armadas, armamento de uso restrito. São geralmente utilizadas em guerras pela Infantaria. Já a munição .50 é antiaérea, foi feita para derrubar aeronaves”, afirmou Evaldo.
Cerca de 350 policiais de cinco estados estão na região para prender os criminosos. A força-tarefa conta com o apoio de aeronaves, embarcações, drones e cães farejadores. O cerco abrange os municípios de Pium e Marianópolis do Tocantins.
No domingo (16), a Prefeitura de Marianópolis publicou um decreto suspendendo as aulas, os atendimentos médicos e o transporte de moradores da zona rural até durarem as buscas. A medida foi adotada para que a Polícia continue com a caçada com segurança para os moradores da região.