Celular apreendido na PCE desencadeou operação que cumpriu 41 mandados em MT

A investigação, que teve início a partir da análise de celulares apreendidos em operações anteriores, revelou a hierarquia da organização e seus crimes.

O delegado Arthur Almeida, responsável pelas investigações da Operação Blood Money, detalhou nesta quarta-feira (26) os trabalhos que resultaram na prisão de membros de uma facção criminosa em Tapurah, Itanhangá e Cuiabá.

Ele disse que a investigação se iniciou a partir de dados obtidos em celulares apreendidos em operações anteriores, incluindo de dentro da PCE (Penitenciária Central do Estado). (Veja o vídeo no final da matéria).

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Delegado Arthur Almeida (Foto: Reprodução)

Segundo o delegado, a análise dos celulares apreendidos na “Operação Justiça Impura”, em agosto de 2024, foi crucial para mapear a hierarquia da facção e identificar seus membros.

“Foi possível verificar a hierarquia da organização criminosa aqui na região de Tapurah, Itanhangá e Cuiabá, e a divisão de tarefas. Todos esses indivíduos faccionados foram identificados e foi solicitada a prisão preventiva e a busca e apreensão domiciliar”, explicou.

O delegado ressaltou que a descapitalização da facção era um dos principais objetivos da Operação Blood Money.

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Operação contra facção criminosa em Tapurah cumpre 41 mandados prisão. (Foto: PJC)

“Em paralelo a isso, foi realizada uma apuração da parte financeira da organização criminosa, possibilitando a representação pelo bloqueio de valores e sequestro de bens, objetivando a descapitalização da facção criminosa”, afirmou.

Durante o cumprimento dos mandados, quatro pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas, com a apreensão de grande quantidade de maconha, cocaína e pasta base.

A investigação revelou uma rede de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras suspeitas realizadas via Pix e contas bancárias de terceiros.

A operação, que mobilizou mais de 80 policiais civis, contou com o apoio da Delegacia Regional de Nova Mutum, Núcleo de Inteligência e Diretoria de Atividades Especiais. (Veja o vídeo).

O delegado destacou que a Operação Blood Money faz parte da “Operação Inter Partes”, dentro do Programa Tolerância Zero do Governo do Estado, que visa combater o crime organizado e a violência em Mato Grosso.

Ele informou que o inquérito policial está em fase final de conclusão e que os presos estão à disposição da Justiça.

Veja a entrevista do delegado:

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