Criminoso envolvido em morte de 4 maranhenses em MT é preso no Rio de Janeiro

Gabriel, conhecido como Torto, foi preso no Complexo da Maré, em uma operação conjunta da Polícia Civil e Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro

Um criminoso identificado como Gabriel Ítalo da Silva Costa, de 29 anos, procurado pela Polícia Civil de Mato Grosso por cometer homicídios qualificados e ocultação de cadáveres de quatro vítimas desaparecidas há dois anos, em Cuiabá, foi preso nessa quarta-feira (5), no Rio de Janeiro.

O criminoso foi preso no Rio de Janeiro nessa quarta-feira (05) (Foto: Polícia Civil-MT)
O criminoso foi preso no Rio de Janeiro nessa quarta-feira (05) (Foto: Polícia Civil-MT)

Gabriel, conhecido como Torto, foi preso no Complexo da Maré, em uma operação conjunta da Polícia Civil e Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro.

Além dos crimes de homicídio e ocultação de cadáveres, ele é investigado por tráfico de drogas no Rio de Janeiro e também em Mato Grosso, e apontado como responsável por fornecer drogas e armas a uma facção que controla o tráfico em comunidades cariocas. 

De acordo com a Polícia Civil fluminense, o criminoso tentou se passar por outra pessoa no momento da prisão usando um nome falso.

Crimes em Cuiabá

Gabriel Ítalo foi indiciado na ‘Operação Kalypto’, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Cuiabá, que investigou os assassinatos de quatro rapazes do Maranhão, que desapareceram em Cuiabá em maio de 2021.

Os assassinados, dois irmãos um cunhado e um amigo, foram identificados como Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20 anos,

Após terem sido sequestradas de suas quitinetes no bairro Jardim Renascer por um grupo armado, as vítimas foram torturadas e depois mortas. Os corpos não foram encontrados até hoje.

As mortes teriam sido ordenadas por uma facção criminosa, que determinou um ‘tribunal do crime’ por pensarem que as vítimas pertenciam a um grupo rival.

A investigação da DHPP apurou que as vítimas foram decapitadas, tiveram dedos amputados e um dos homens foi atingido por um disparo no peito. Outras duas foram mortas com tiros na nuca.

Investigações

Durante as investigações, oito investigados foram indiciados pelo delegado Caio Fernando Albuquerque pelos crimes de sequestro e homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Uma pessoa foi indiciada por falso testemunho e responde em liberdade.

Ainda de acordo com o delegado, nenhuma das vítimas possuía envolvimento com alguma facção criminosa.

“A gente confirmou com a polícia de lá, mas aqui em MT, as quatro vítimas, de forma oficial, não tinham nenhum envolvimento criminal”, disse o delegado. 

Delegado afirma que 4 vítimas de facção não tinham envolvimento criminal
Delegado Caio Albuquerque é responsável pelo caso. (Foto: Luiz Vieira)

Dos nove mandados de prisão temporária, decretados na deflagração da Operação Kalypto, oito deles foram cumpridos em fevereiro deste ano. Todos tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas.

Segundo o delegado, o caso sempre foi complexo, primeiramente pela falta de corpo e pela falta de informações, já que possíveis testemunhas decidiram não falar, por medo.

Porém, o que auxiliou as investigações foram os depoimentos de familiares, ouvidos no Maranhão, para onde tiveram que fugir após ameaças dos criminosos.

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O acervo de investigações conta com 1.500 páginas de apuração sobre as mortes. Mas as ações não finalizaram pois a polícia ainda tenta localizar os corpos das vítimas.

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