Dinheiro do tráfico: trio é preso com mais de R$ 1 milhão escondido em picape

Apreensão aconteceu em ação conjunta entre PRF e Denar

Um homem e duas mulheres foram presos com mais de R$ 1 milhão escondidos em um Fiat Strada. O dinheiro, que segundo a polícia é fruto do tráfico de drogas, foi apreendido na região de Miranda – cidade a 190 quilômetros de Campo Grande – durante uma ação conjunta entre PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).

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O valor apreendido ultrapassa R$ 1 milhão (Foto: Geisy Garnes)

O flagrante aconteceu nesta terça-feira (31). O trio viajava pela BR-262 quando foram parados por policiais rodoviários federais. O motorista, Marlon Jamil Bervig de 32 anos, já era monitorado pelas duas corporações e chegou a ser preso junto com a esposa no ano passado. Os dois levavam cocaína no mesmo veículo em que estavam o filho deles, que sofre de síndrome grave.

Desta vez, ele estava com a esposa, de 34 anos, e uma amiga no veículo. A desconfiança sobre a viagem levou a uma busca minuciosa na picape. Nas laterais da carroceria e de baixo da dos bancos na cabine, os policiais encontraram diversas notas em real e dólar.

As notas somaram cerca de R$ 1,1 milhão. Desse valor, 119 mil eram em dólar. Segundo o delegado Hoffman D’ávila, nem Marlon sabia o valor exato que carregava, por isso a contagem foi feita junto com a perícia.

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Veículo em que o dinheiro estava escondido (Foto: Geisy Garnes)

Quando descobertos, os três suspeitos contaram versões diferentes sobre a origem do dinheiro. Sequer marido e mulher se “entenderam” na explicação. O homem chegou a falar que era dono de uma marmoraria e por quatro anos juntou dinheiro para comprar gado, mas não sabia os valores dos animais ou qualquer coisa relacionada ao assunto.

A verdade, segundo a polícia, é que o suspeito foi a Minas Gerais buscar o dinheiro, lucro do tráfico de drogas, para levar até a Bolívia, onde novas cargas de entorpecente seriam negociadas. Diante do flagrante, o suspeito ainda falou que depois de ser preso, ficou com uma dívida com traficantes e por isso fazia o transporte das notas.

Essa versão, no entanto, não convence a polícia. “Há indícios de que ele e a mulher fazem essa intermediação a certo tempo. Eles recolhem o dinheiro do tráfico e levam para a Bolívia”, detalhou o policial rodoviário federal J. Bueno.

“Ele já era monitorando pelas duas policiais, PRF e Denar. Agora responde pelos crimes associação para o tráfico e lavagem de dinheiro”, detalhou o delegado Hoffman.

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