Gaeco investiga envolvimento de agentes públicos com facção em MT
A operação busca documentos que comprovem transações financeiras suspeitas e possíveis casos de enriquecimento ilícito
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta terça-feira (3) a Operação Nexus, que apura a possível conexão de agentes públicos com a facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso.
A força-tarefa é composta pelo Ministério Público Estadual, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.

Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e um na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec), em Cuiabá. A operação busca documentos que comprovem transações financeiras suspeitas e possíveis casos de enriquecimento ilícito.
Segundo o Gaeco, a Aspec, apesar de não possuir capital social, movimentou mais de R$ 13 milhões entre setembro de 2019 e julho de 2023.
As investigações ganharam força após o depoimento de “Sandro Louco”, um dos líderes do Comando Vermelho, preso em outro processo.
Ele afirmou que uma cantina vinculada à penitenciária seria usada para circulação de mercadorias e grandes quantias de dinheiro sem fiscalização, com a participação de servidores públicos e reclusos. Segundo ele, as operações financeiras milionárias teriam relação direta com a Aspec.
O nome da operação, Nexus, significa “vínculo” ou “conexão” em latim, refletindo o objetivo de desmantelar os possíveis laços entre agentes públicos e o crime organizado. As investigações seguem em andamento para identificar os envolvidos.
*com informações do Gaeco