Identificado estudante de medicina que matou corredora em MS
O acidente aconteceu na MS-010, na madrugada deste sábado (15); segundo a polícia, João Vitor estava visivelmente embriagado quando foi abordado
O responsável pelo acidente que matou a corredora Danielle Oliveira, de 41 anos, foi identificado como João Vitor Fonseca Vilela, um estudante de medicina de 22 anos. O acidente aconteceu na MS-010, na madrugada deste sábado (15), enquanto a atleta realizava um “longão”, treino de longa distância, com um grupo de 20 pessoas. Segundo a polícia, o rapaz estava bêbado.

Conforme apurado pela reportagem, desde 2021 João Vitor é acadêmico de medicina da FAMP (Faculdade Morgana Potrich), que fica em Mineiros, Goiás.
Nessa madrugada, dirigia um Fiat Pulse e, segundo o boletim de ocorrência, atropelou Daniella e uma amiga, que corria ao lado dela, ao tentar ultrapassar o grupo de atletas que treinava na rodovia estadual.
Leia mais
Depois do crime, parou o veículo a alguns metros de distância e foi detido pelos próprios corredores.
De acordo com o registro policial, quando a polícia chegou, João não quis fazer o teste do bafômetro, mas não precisou, estava “visivelmente embriagado, usando uma pulseira de uma casa noturna (localizada na avenida Afonso Pena) e com latas e uma garrafa de cerveja no interior do veículo”; por isso, foi preso em flagrante.
Quem presenciou o acidente contou ainda que ele dirigia em “zigue-zague” pela via antes de atropelar Danielle e a amiga.
Na delegacia, foi acompanhado por advogados. João prestou depoimento e confessou ter bebido. Ele detalhou que não se lembra do acidente, nem de como chegou a MS-010, já que saiu da casa noturna com intenção de ir para casa, mas “acordou” na rodovia, cerca de 10 quilômetros do bairro em que mora. O estudante está em Campo Grande há apenas um mês.
Consta no boletim de ocorrência que os dois celulares de João foram entregues aos defensores. As chaves do carro e até pulseira da casa noturna usada por ele foram apreendidas como prova do crime.
João está preso em flagrante e deve passar por audiência de custódia. O caso é tratado como
no homicídio culposo na direção de veículo automotor, se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, além de lesão corporal.
Para a reportagem, o delegado Lucas Soares de Caires explicou que pelas lesões causadas nas vítimas indicam que o motorista não estava em alta velocidade.
Danielle
Danielle treinava para realizar o sonho de completar a primeira maratona, marcada para acontecer em Porto Alegre nos próximos meses. Socorristas do próprio grupo de atletas que acompanhavam o “longão” tentaram reanimar a corredora, mas sem sucesso.
Mãe de três meninas, Danielle começou a correr em 2018 para superar a perda da filha do meio para o câncer.
Ela e a atleta também atropelada por João Vitor eram parceiras de treinos longos. Conforme a polícia, a segunda vítima sofreu ferimentos leves e foi atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino.
(Matéria alteradas para acréscimo de informações)