Mulher que assinou plano de voo de avião da Chapecoense é presa em Corumbá
A ex-funcionária da administração de aeroportos e serviços auxiliares de navegação aérea da Bolívia, Celia Castedo Monasterio, foi presa pela PF (Polícia Federal) em Corumbá (MS) nesta quinta-feira (23). Foi ela que assinou o plano de voo do avião da Lamia, que caiu na Colômbia com o time da Chapecoense há quase cinco anos. Segundo […]
A ex-funcionária da administração de aeroportos e serviços auxiliares de navegação aérea da Bolívia, Celia Castedo Monasterio, foi presa pela PF (Polícia Federal) em Corumbá (MS) nesta quinta-feira (23). Foi ela que assinou o plano de voo do avião da Lamia, que caiu na Colômbia com o time da Chapecoense há quase cinco anos.

Segundo a PF, Celia era considerada foragida e a prisão foi para fins de extradição. A defesa da controladora disse que está tomando ciência sobre o pedido de extradição para saber qual medida tomar para garantir a permanência dela no Brasil. Enquanto isso, a defesa disse que vai tentar recorrer à presidência do STF.
A ordem de prisão veio do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes. Em uma decisão monocrática, ele entendeu que as acusações imputadas à boliviana são graves.
Celia foi responsável pela análise e aprovação do plano de voo do avião que caiu perto do aeroporto internacional José Maria Cordova, na região de Medellin, na Colômbia. Ao todo, 71 pessoas morreram naquela tragédia que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para a final da Copa Sul-Americana.
A boliviana era especialista em segurança de voo e assinou aquele plano de voo. Na ocasião, teria deixado, de forma fraudulenta, de observar procedimentos mínimos para aprovação do plano de voo da aeronave.
Desde 2016, Celia era refugiada no Brasil e vivia em Corumbá, normalmente. Ela chegou a ter o pedido renovado. O argumento dela para buscar refúgio é que ela passou a ser perseguida na Bolívia após declarações sobre o acidente.
O plano de voo do avião da Lamia, que transportava o time da Chapecoense, mostra que o piloto decolou da Bolívia para a Colômbia sem combustível suficiente para enfrentar qualquer imprevisto.
Segundo a Polícia Federal, Celia seguirá em Corumbá, onde aguardará os trâmites legais até que seja entregue para autoridades bolivianas.