Pistoleiro veio do RJ só para matar Cristian em conveniência
A pistola da execução foi encontrada dentro de um Fiat Argo, também usado no crime, que estava escondido em uma garagem de veículos
As investigações sobre a morte de Cristian Alcides Valiente, baleado em uma conveniência do Bairro Guanandi, terminou na prisão de duas pessoas na noite desse domingo (23). Com o flagrante, os policiais descobriram que o autor dos disparos – identificado como Douglas Santander – é do Rio de Janeiro e só veio a Campo Grande para matar o homem de 37 anos.

Os dois suspeitos foram presos por policiais do Garras (Delegacia de Repressão Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) e do GOI (Grupo de Operações e Investigações).
Na noite de sexta-feira, dia 20 de outubro, Cristian estava sentado ao lado de três amigos na calçada de conveniência quando o suspeito se aproximou a pé, sacou a arma e disparou. Pelo menos três disparos o atingiram. Ele chegou a ser socorrido pelas pessoas que estavam no local e foi levado ao hospital na carroceria de uma caminhonete, mas não resistiu aos ferimentos.
As investigações do crime começaram naquela mesma noite. Horas depois, o autor dos tiros foi identificado: Douglas Santander, de 29 anos.
Vindo do Rio de Janeiro, o homem desembarcou em Campo Grande apenas para matar Cristian e voltava para casa quando foi encontrado pelas equipes de investigação. Com sua prisão, o envolvimento de um segundo suspeito foi identificado.

O homem de 33 anos, que mora em Campo Grande, também foi localizado e preso. Na delegacia, os dois confessaram o assassinato e revelaram que um Fiat Argo, usado por eles no dia do crime, estava escondido em uma garagem de veículos. Os policiais foram ao endereço indicado por eles e lá apreenderam o automóvel.
Dentro do carro, no porta-malas, foi encontrada uma pistola calibre 9 mm, carregada e a jaqueta utilizada pelo assassino no momento em que atirou na vítima. Mais uma vez, os dois presso confirmaram que a arma apreendida foi a mesma que matou Cristian.Na mesma garagem em que o Argo estava, os policiais encontraram umTCross produto de crime. Os investigadores também foram a casa do campo-grandense, onde descobriram munições calibre 9 e 380 mm.
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Com base nos depoimentos dos suspeitos, a polícia acredita que o homicídio foi motivado por desavenças que começaram no tráfico de drogas e envolve grandes facções criminosas, das quais os homens fazem parte. Detalhes sobre o caso ainda não foram repassados à imprensa.
Os dois agora respondem por crimes de homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima e pelo pagamento, receptação, posse irregular de arma de fogo e organização criminosa.