Polícia prende terceira pessoa por morte do advogado Zampieri
A motivação do crime, de acordo com as investigações, seria pelo fato da mulher ter perdido uma disputa judicial por uma fazenda
Uma terceira pessoa – suspeita de participar do assassinato do advogado Roberto Zampieri, 56 anos, – foi presa na manhã desta sexta-feira (22). A prisão ocorreu na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O preso, que não teve o nome divulgado, é apontado como o responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo para o executor.

As investigações apontaram que, após contratar o executor pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 05 de dezembro, mesma data do crime.
O encontro entre o intermediário e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados.
O crime
Câmeras de segurança registraram a execução do advogado Roberto Zampieri, com 11 tiros, na noite do dia 5 de dezembro, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. A vítima foi morta por volta das 19h40 em frente ao seu escritório. O suspeito do crime fugiu do local a pé.
A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. (Veja o vídeo)
Outros envolvidos
O atirador é Antônio Gomes da Silva. Ele foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

A mandante do crime é Maria Angélica Caixeta Gontijo, empresária e farmacêutica, da cidade de Patos de Minas (MG), que fica no Triângulo Mineiro. No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado.
Interrogada, a mulher negou as acusações, passou pela audiência de custódia e foi para uma unidade prisional de Patos de Minas.
Ainda não há definição sobre o encaminhamento dos investigados para Mato Grosso.
A segundo a polícia, o suspeito de ter atirado no advogado, foi até o escritório um dia antes de cometer o crime. A ideia seria observar a movimentação pelo local, o horário de saída do advogado, e outros detalhes pra nada dar errado no dia do assassinato. (Veja o vídeo que mostra atirador estudando rotina).
Ainda segundo a polícia, no dia 5 de dezembro, ele voltou ao local e atirou 11 vezes contra Roberto Zampieri. O delegado que investiga o crime, o advogado normalmente usava um veículo blindado, mas naquela data estava em um carro comum.
A motivação do crime, de acordo com as investigações, seria pelo fato da mulher ter perdido uma disputa judicial por uma fazenda no interior de de Mato Grosso. O advogado Roberto Zampieri era contra a empresária na ação.