"Sintonia dos Gravatas": após fogo em alojamento, advogado vai para cela comum

Foi transferido para o sistema prisional estadual o advogado Bruno Ghizzi, 30 anos, que está na cadeia desde 25 de março, por envolvimento com a máfia que atua dentro e fora dos presídios de Mato Grosso do Sul. O preso vai ficar em cela individual, como apurou a reportagem.

Ele estava no presídio militar, na ala específica para profissionais do Direito, mas agora foi para o presídio fechado da Gameleira II, depois que o alojamento onde estava sofrer um princípio de incêndio. A suspeita em investigação é de que o fogo foi provocado pelo próprio preso.

Bruno Ghizzi
O advogado Bruno Ghizzi, que está preso por dar apoio a atividades ilegais de facção. (Foto: Redes Sociais)

O Primeira Página apurou que a Auditoria Militar de Campo Grande determinou apuração do episódio. O fogo atingiu o teto de pvc do alojamento, onde ficam duas lâmpadas.

Não há detalhamento do estrago, mas diante do ocorrido, foi providenciada a transferência para unidade prisional mantida pela Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), perdendo a vaga no alojamento especial.

Como foi

Quando os policiais que fazem a guarda do presídio perceberam as chamas na quarta-feira (27) à noite, logo atuaram e Ghizzi foi para retirado para outro espaço, não detalhado, Nesta sexta-feira (29), foi transferido para a Gameleira, considerado o complexo penal mais seguro hoje no estado.

Equipe do Instituto de Perícia e Criminalística de Mato Grosso do Sul esteve no alojamento do presídio militar, para levantar as causas do fogo.

O PP procurou a OAB, que informou não se manifesta a respeito por estar conduzindo procedimento em sigilo a respeito das suspeitas sobre o advogado.

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Quem é

Peça-chave na operação Courrier, Bruno Ghizzi foi preso em 25 de março, quando a operação foi para as ruas, e levou mais 3 colegas dele para a cadeia, além de dois servidores públicos da Justiça e da área de segurança pública.

A suspeita envolve o apoio à facção criminosa, inclusive para planos de atentados a autoridades policiais e do judiciário.