Suposto mandante da morte de Zampieri é preso em Cuiabá

O suspeito de mandar matar o advogado Roberto Zampieri foi preso na sede da DHPP em Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (11)

Foi preso nesta segunda-feira (11), o suspeito de ser o mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros aos 56 anos, em dezembro do ano passado, em Cuiabá.

Advogado Roberto Zampieri foi morto com 11 tiros em frente ao escritório em que trabalhava, em dezembro do ano passado em Cuiabá. (Foto: Reprodução)
Suposto mandante do assasinato do advogado Roberto Zamperi é preso nesta segunda-feira (11) em Cuiabá. (Foto: Reprodução)

Suposto mandante

O investigado, de 73 anos, foi identificado como Aníbal Manoel Laurindo. Ele se apresentou na sede da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), na Capital, onde teve a prisão temporária determinada.

Conforme o delegado Nilson Farias, um mandado de prisão já havia sido determinado anteriormente contra o suspeito.

A esposa dele, também investigada pelo homicídio, continua foragida, conforme a Polícia Civil.

Até o momento, não há informações sobre as circunstâncias da investigação contra o suposto mandante e, conforme o delegado, ele ainda não prestou depoimento.

Momento em que Zampieri é morto a tiros em Cuiabá. (Vídeo: Reprodução)

Empresária não indiciada

A empresária Maria Angélica Gontijo, era a suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 57 anos.

Porém, ela não será mais indiciada por envolvimento no crime. O delegado Nilson Farias explicou à reportagem que não há provas concretas que liguem a suspeita ao crime.

Empresária havia sido solta em janeiro deste ano pela Justiça e, conforme nova decisão, não irá responder pela morte do advogado. (Foto: Primeira Página)
Empresária havia sido solta em janeiro deste ano pela Justiça e, conforme nova decisão, não irá responder pela morte do advogado. (Foto: Primeira Página)

A decisão por não indiciar a empresária foi afirmada pela Polícia Civil em fevereiro deste ano, após o depoimento do coronel aposentado do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini, de 68 anos – apontado nas investigações como o financiador do assassinato de Zampieri.

Maria Angélica era suspeita de encomendar a morte do advogado – morto com 10 tiros no dia 5 de dezembro do ano passado – por uma suposta disputa de terras

A tese foi descartada durante a investigação e, no momento, a polícia busca entender qual teria sido a real motivação do assassinato e quem seria o mandante.

Coronel preso

Envolvido na morte de Zampieri, o coronel aposentado do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini está preso 44º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército na Capital. Ele foi preso em Minas Gerais e transferido para Cuiabá no dia 17 de janeiro.

Etevaldo, quarta pessoa presa por envolvimento na morte de Zampieri, teria pagado R$ 20 mil e pagaria mais R$ 20 mil depois do crime.

Parte do dinheiro teria sido entregue a Antônio Gomes da Silva, que efetuou os 11 disparos que mataram o advogado na frente do seu escritório, no bairro Bosque da Saúde.

Outro envolvido é Hedilerson Barbosa, dono da pistola 9mm usada no assassinato. Esses dois homens confirmaram à polícia que o ex-coronel pagou pelo crime.

Atirador foi ao escritório de Zampieri um dia antes de matá-lo. (Vídeo: Reprodução)

Até o momento, três pessoas foram indiciadas no assassinato do advogado:

Zampieri: relembre o crime

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.

Advogado Roberto Zampieri foi morto com cerca de 11 tiros, no início de dezembro em Cuiabá. (Foto: Reprodução)
Zampieri foi morto a tiros em dezembro do ano passado em Cuiabá. (Foto: Reprodução)

Três pessoas permanecem presas e foram indiciadas pela Polícia Civil pelo homicídio do advogado: o executor, o intermediário e o financiador do crime.

As prisões, parte delas efetuadas na região de Belo Horizonte (MG) foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.

As investigações policiais apuraram o executor foi contratado pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime.

O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense.

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