Suspeito de articular ataque a Confresa diz que trabalhava em garimpo ilegal

Prisão do suspeito foi feita pela Polícia Civil do Mato Grosso, com apoio da PC do Tocantins, em Araguaína

O principal suspeito de articular a logística de ataque a Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, disse à Justiça que atua em garimpo ilegal em área indígena, durante audiência de custódia. O homem está preso na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, no norte do Tocantins. 

Suspeito de articular ataque a Confresa conta que atuava em garimpo ilegal em terra indígena
Suspeito preso confessou que atuava em garimpo ilegal. (Foto: Reprodução)

O suspeito, de 30 anos, foi preso no fim de semana, em cumprimento a ordem judicial pela GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado) e Delegacias da Regional de Confresa, com apoio da 3ª Deic (Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado) de Araguaína. 

Durante a audiência de custódia o suspeito, que pode ter apresentado um nome falso, respondeu sobre suas atividades e disse que atuava em garimpo ilegal em Cumaru do Norte, no Pará. 

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Defensoria atua na defesa  

A DPE (Defensoria Pública) de Tocantins informou que foi indicada automaticamente para a defesa do réu, em razão dele não ter indicado advogado. 

Como o processo de prisão é de Mato Grosso, a Justiça abriu um novo processo em Tocantins apenas para a realização da audiência de custódia, que após concluída teve o processo encerrado. O custodiado, após a prisão e audiência, segue à disposição da Justiça de Mato Grosso. 

Investigação 

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito fugiu para Tocantins depois que outros dois investigados de darem suporte à quadrilha foram presos em Redenção, no Pará, em cumprimento a mandados judiciais, na semana passada. 

No Pará, a polícia encontrou duas casas que serviram de base para os criminosos, antes da tentativa frustrada de roubar a transportadora de valores. O grupo pretendia levar cerca de R$ 60 milhões. 

Imagens divulgadas pela polícia mostram o momento em que o grupo saiu das casas e seguiu em direção a Confresa pela BR-158, em cinco automóveis de luxo blindados e outros veículos. 

Uma das casas foi alugada pelo homem preso em Araguaína, que usava nomes falsos e é investigado por outros crimes em Tocantins. De acordo a polícia, além do apoio ao bando em Redenção, ele participou de todo o planejamento do ataque a Confresa. 

Além das três prisões feitas pela Polícia Civil de Mato Grosso, mais dois suspeitos de participação no crime foram presos no Tocantins durante a Operação Canguçu. Além das prisões, 15 integrantes do bando morreram em confrontos com a polícia no interior do Tocantins. 

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