Transexual é socorrida com queimaduras graves após ter casa incendiada
Suspeito ainda retornou ao local do crime e tentou golpear a vítima com um facão
Uma mulher transexual de 31 anos foi socorrida com queimaduras graves pelo corpo após ter a residência incendiada com o uso de gasolina na madrugada deste domingo (19), na Vila Carvalho, em Campo Grande.

Depois de atear fogo na casa da vítima, uma pessoa identificada apenas como Baby, ainda retornou ao local armada com um facão. Ela só não golpeou a vítima, pois foi impedida por uma testemunha.
Quando a Polícia Militar chegou no local do crime, a transexual já estava sendo atendida pelo Corpo de Bombeiros Militar, aguardando apoio do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Do local, ela foi encaminhada para o hospital e ainda não há atualizações sobre o estado da vítima.
O ataque
À Polícia Militar, um homem que socorreu a transexual detalhou como ocorreu o ataque. Ele estava na frente da residência da vítima, quando Baby chegou no local com um galão de gasolina e começou a despejar o combustível por de baixo da porta, nas escadas e paredes do endereço.
Após despejar toda a gasolina, Baby fechou a porta de grade que fica na porta da residência, ateou fogo com um isqueiro e saiu correndo do local. Diante da situação, a testemunha usou um extintor do próprio veículo para tentar apagar as chamas, mas não foi o suficiente.
O homem teve que ir à casa dele buscar outro extintor residencial para conseguir extinguir as chamas. Com o incêndio já extinto, ele conseguiu tirar a transexual de dentro do prédio. Na sequência, Baby ainda retornou ao local armada com o facão, mas a testemunha não deixou que ela atacasse a vítima.
Em meio à confusão, uma amiga da vítima, também transexual, chegou ao endereço e conseguiu identificar a pessoa suspeita. Ela disse que por todas elas serem transexuais e trabalharem realizando programas, conseguiram se identificar facilmente.
No boletim de ocorrência sobre o caso, entretanto, não fica claro se Baby também é uma mulher transexual. Em depoimento aos policiais, a testemunha disse que Baby e vítima teriam discutido na noite anterior em uma boate, decorrentes dos serviços de prostituição que exercem.
A Polícia Militar fez buscas na região onde ocorreu o crime, mas não conseguiu encontrar Baby.
A pessoa suspeita do crime tem cabelos pretos, vestia short azul e blusa preta ou marrom escuro, conforme o boletim de ocorrência sobre o caso. A Polícia Civil não foi acionada para realizar atendimento de local de crime, mas após ser informada do crime, acionou a perícia. O caso é investigado.