Veículo incendiado na fronteira tem relação com morte que motivou chacina

Sandero achado queimado é do mesmo modelo que veículo usado no dia 21 de setembro por atiradores que mataram paraguaio, e que seriam os jovens assassinados em Ponta Porã no dia 7 setembro

O carro encontrado incendiado no Paraguai, nesta segunda-feira (9), tem relação com a execução do filho de homem conhecido como barão do tráfico no país vizinho, e não com a chacina ocorrida sábado em Ponta Porã, do lado de cá da fronteira.

O carro seria o que aparece no vídeo acima, do ataque em 21 de setembro.

Segundo a apuração do Primeira Página junto a fontes policiais, a primeira suspeita foi de que o carro queimado fosse o mesmo usado para o ataque à casa onde viviam quatro jovens, entre 16 e 19 anos, que foram executados no dia 7 quando chegavam ao local, por volta das 6h. O trabalho de identificação, porém, descobriu tratar-se do mesmo modelo do veículo usado pelos atiradores que assassinaram Charles Gonzalez, 32 anos, no 21 de setembro.

Gonzales, estava com dois seguranças, quando foi atacado. Os bandidos estava em um veículo Renault de cor clara. É o mesmo modelo incendiado no Paraguai nesta segunda-feira.

Imagens recuperadas de câmera de segurança no momento do atentado mostram três bandidos vestindo roupa preta e com o rosto coberto descendo do carro armados. Depois de atirar inúmeras vezes, eles voltam e fogem. O motorista os espera com a porta aberta.

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O carro achado incendiado no Paraguai. (Foto: Amambay Ahora)

A suspeita da polícia paraguaia é que esses quatro sejam os jovens mortos no sábado passado. Pelo que foi levantado, o carro usado pelos autores da chacina é um outro modelo, um Hyundai IX-35.

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Corrobora com a tese de ligação entre os dois crimes a suspeita de que as pistolas 9mm apreendidas na casa onde os jovens brasileiros foram mortos sejam as mesmas usadas para o assassinato de Charles Gonzales. E era filho de Clemencio Gonzales Gimenez, o “Gringo Gonzales”, há anos apontado como um dos barões do crime organizado no país vizinho.

Policiais brasileiros e paraguaios estão trabalhando de forma integrada para investigar os casos, diante das conexões encontradas.

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