Projeto testa internet via satélite para equipes de energia em áreas de difícil acesso
90 antenas móveis da Starlink são usadas para testar conexão durante atendimentos em regiões de difícil acesso, como aldeias indígenas e comunidades rurais
Em regiões de difícil acesso em Mato Grosso, onde a comunicação sempre foi um desafio para equipes que atuam na manutenção da rede elétrica, um projeto piloto da Energisa está testando o uso da Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, para manter os técnicos conectados enquanto realizam atendimentos em locais sem sinal de celular ou rádio.

O objetivo do teste é agilizar os atendimentos e garantir mais segurança para as equipes, especialmente em áreas como aldeias indígenas, comunidades rurais e biomas como o Pantanal e a Amazônia. Sem conexão, muitas vezes os técnicos precisavam percorrer grandes distâncias até conseguirem contato com a base.
Agora, com as antenas móveis instaladas nos veículos, eles podem se comunicar em tempo real com o Centro de Operações da concessionária.
Do Xingu ao Pantanal: tecnologia encurta distâncias
A Energisa já adquiriu 90 antenas móveis, permitindo que os técnicos acessem a internet via satélite mesmo nas regiões mais remotas.
Os equipamentos foram utilizados recentemente em atendimentos dentro do Parque Indígena do Xingu e em comunidades no interior de Rondolândia, onde a comunicação era um dos principais desafios para as equipes.
O gerente de Operações da Energisa, Anderson Rodrigues, explica que a nova tecnologia já trouxe benefícios em atendimentos do dia a dia, como reparos emergenciais e deslocamentos longos.
Com a conexão via satélite, os técnicos podem relatar serviços concluídos, solicitar apoio técnico e tratar questões de segurança sem precisar se deslocar até um local com sinal de telefonia ou rádio.
Além do uso da internet via satélite, a empresa também está instalando 18 novos pontos de comunicação via rádio, ampliando a estrutura de contato para as equipes que atuam nessas regiões.
Por enquanto, o uso da Starlink pela Energisa segue como um projeto piloto, sem previsão de ampliação para além das equipes técnicas. A empresa continuará avaliando o desempenho da tecnologia para determinar seu impacto na eficiência dos atendimentos e na segurança dos trabalhadores.