Inmet alerta para risco de tempestade em 65 cidades de MT

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu alerta de risco de tempestade em 65 cidades de Mato Grosso nesta segunda-feira (25). A previsão é de chuva entre 30 e 60 mm por hora ou 50 e 100 mm por dia, considerada chuva volumosa. O alerta prevê ventos intensos, entre 60 e 100 km/h, queda de […]

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu alerta de risco de tempestade em 65 cidades de Mato Grosso nesta segunda-feira (25). A previsão é de chuva entre 30 e 60 mm por hora ou 50 e 100 mm por dia, considerada chuva volumosa.

O alerta prevê ventos intensos, entre 60 e 100 km/h, queda de granizo, risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.

tempestade areia inmet
Tempestade deixou céu de Rondonópolis (MT) coberto por poeira nesse domingo (25). Foto: Reprodução

Nesse domingo (24), chuva e vento forte causaram transtornos em cidades do interior como Rondonópolis e Tangará da Serra, a 212 km e 251 km de Cuiabá, respectivamente, onde tempestades de areia foram registradas pelos moradores.

Na Capital, conforme o Inmet, as rajadas de vento chegaram a 49 km/h, com 14,5 mm de chuva entre 11h e 14h. Em Várzea Grande, na região metropolitana, o temporal foi mais intenso, com 26 mm, segundo o 9º Distrito Meteorológico localizado no município.

De acordo com o climatologista José Carlos Ugeda, a mudança climática em Mato Grosso é resultado de uma frente fria que chegou ao Sul do Brasil.

“Essa frente fria contribui com a chegada de ar úmido do Oceano Atlântico e um ar mais frio vindo do Sul, tendo esse contato com nossa atmosfera mais aquecida, gerando formação de nuvens e precipitações”, disse.

Tempestades de areia

O climatologista explicou que as “tempestades de areia”, como são chamadas popularmente, são um fenômeno que tem aumentado nos últimos anos por conta da seca cada vez mais intensa. Normalmente, ocorrem no início do período chuvoso.

“Isso pode se dever, principalmente, ao período seco prolongado que passamos no ano passado e neste. Nossa região teve uma redução da precipitação, o que deixa a superfície mais seca, com mais poeira e materiais particulados, que nessas primeiras chuvas vão mobilizar esses particulados sólidos”, avaliou.

De acordo com José Carlos, as atividades desenvolvidas no solo também podem influenciar nas tempestades de areia. Como em áreas agrícolas, onde o solo fica exposto nesta época do ano, por causa do início do plantio.

“Conforme as chuvas vão avançando, a superfície vai ficando úmida, há mais fluxo de calor latente, então isso vai diminuindo essa turbulência. Com isso, teremos a menos particulado sólido em suspensão – poeira, pólen -, diminuindo as ‘tempestades de poeira’. Isso é comum, mas nos últimos anos temos verificado o aumento desse fenômeno”, explicou.

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